quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Masky - Medo do escuro

Sabe quando você apaga a última lâmpada... Está no escuro, e sente aquele frio na espinha?
Não importa se é criança, adulto ou velho...
Você sempre pode sentir o ambiente esfriar de repente, como se seu sangue gelasse só por causa do escuro...
A maioria das pessoas deixa a lâmpada do quarto acesa... E se foca na claridade do caminho de volta pro quarto, outros vão correndo... Mas poucos olham pra trás...
Você sabe que não tem nada lá no escuro... Ou pelo menos sua mente quer pensar assim...
Mesmo quando está deitado, e ouve barulhos estranhos, você ignora, você sabe que pode ser o vento, ou algum objeto em falso que caiu...
Mas lá no fundo... Você tem medo de olhar e perceber alguma coisa te olhando de volta...
As crianças tem este medo... Mas vão crescendo sendo treinadas para acreditar que não há nada lá...

Eu acreditava...

Naquela vez que fui ao banheiro, tinha esquecido de ligar a luz do corredor...
Era desnecessário, eu sabia o caminho...
Fui olhando pro chão, com medo de tropeçar em algo no escuro...
Estava frio... Achei normal, afinal era noite...
Enquanto fazia o que tinha ido fazer no banheiro, senti um pequeno calafrio...
Ri sozinho... Estava realmente apertado, era um alívio!
No caminho de volta, ouvi um estalo atrás de mim, e me arrepiei...
Nessa hora nosso cérebro começa a procurar uma explicação pro que está havendo...
Comecei a vasculhar minha mente, tentando lembrar se eu tinha trancado a porta... Tinha. Tinha certeza que sim.
E essa é a hora em que você pensa o quanto seu medo é ridículo, e olha pra trás pra provar a si mesmo que está errado... Eu olhei...

O que eu vi, fez meu sangue gelar...

Olhava diretamente pra mim...
Não podia ver seus olhos, mas sabia que olhava pra mim...
Minhas pernas não se mexiam... Eu não conseguia gritar...
Parecia ter levado uma eternidade encarando aquelas órbitas vazias, até que consegui forças pra correr até o meu quarto e acender a luz...
Enquanto meu coração parecia querer sair pela boca, olhei para onde a coisa estava... E não havia nada...
Na manhã seguinte, não sabia se havia sido um sonho, ou se tinha sido mesmo verdade... Eu só sabia de uma coisa...

Eu não durmo mais de luz apagada.

~Jackie

sábado, 28 de dezembro de 2013

Cobertores

Eu te amo.Eu te mandei pra comprar leite porque eu sabia que o monstro finalmente nos achou.
Eu posso ouvi-lo na cozinha, andando pra lá e pra cá, procurando por mim. Mas tudo bem. Estou Salvo aqui

Quando éramos crianças e ouvíamos o monstro, nós nos escondíamos no único lugar que conheciamos: nossas camas. Estou escondido no único lugar que ele não pode me econtrar. Ele só pode nos ferir se puder nos ver ,e estou seguro debaixo desse cobertores

Engraçado... Ainda há luz o bastante pra que eu consiga escrever esse bilhe... oh

Esses cobertores são de algodão. Do tipo que permite que se veja através deles

CORRA!. NÃO É SEGU....

~Jackie

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Christmas

Eu nunca poderia dormir bem em hotéis. Acho que isso é um eufemismo. Nunca poderia dormir
bem em geral, mas hotéis eram os piores. Apenas o pensamento de que o antigo ocupante
dessa cama é um completo estranho, era repulsivo na minha mente, mas isso é fora do
assunto. Onde quero chegar é como essa falta de sono em hotéis mudou minha vida. Natal, nós
estávamos passando o Natal num hotel de merda e não em família, ótimo. Não me entenda
mal, não é que não tenha aproveitado o buffet “coma-tudo-o-que-puder” de grãos e
encharcados de batatas fritas para o jantar de Véspera de Natal.
É claro que a primeira nevasca da estação teve que cancelar nosso vôo para a Virginia. Agora
é Véspera de Natal e estou tentando dormir nesse quarto de alvejante saturado; minha mente
está vagando, imaginando o que aconteceu aqui para necessitar dessa quantidade excessiva
de alvejante. O quarto não tinha nada fora do normal: duas camas, uma para mim e para meu
pai e outra para minha irmã e minha mãe, um banheiro, e um microondas manchado que
parecia estar precisando de uma boa limpeza. De alguma forma, eu escapei do quarto (e do
fedor de alvejante) para um sono sem sonho. Acordando, eu pude dizer que era cedo de
manhã, meu pai estava perto de mim, roncando, e ele normalmente acorda às 4h da manhã. E
foi aí que percebi, era Natal, e eu estava para sair dessa má sorte arruinar meu feriado favorito.

Olhando para o relógio sobre a cama para checar a hora é quando eu o percebi: A silhueta de um homem, mais ou menos 1,83m, do outro lado do quarto, encarando minha mãe dormindo. Ainda meio adormecido e pego pelo no momento, não pude evitar de pensar no Papai Noel. Eu percebi o quão estúpido o pensamento era e o horror logo encheu minha cabeça. Eu sufoquei um guincho. Sabia que não pudia deixar que ele me veja acordado, então, silenciosamente coloquei minha cabeça de volta, fingindo dormir. Minha mente estava correndo, alguém estava em meu quarto e não pude fazer nada; sou um magricela de 16 anos, esse homem parecia um boi. Eu imaginei se poderia acordar meu pai em vez, mas sabia que não iria funcionar, ele dormia como uma pedra; um balde de água não o acordaria rápido o suficiente. Eu estava praticamente em lágrimas; nunca me senti tão desamparado. Por uma segunda vez, eu sufoquei um grito, ele estava de pé, perto de mim. Eu pude sentir e ouvir sua respiração repulsiva em meu rosto; cheirava como se ele estivesse comendo carne podre por uma semana, sem escovar os dentes. Se ele não sabia que eu estava acordado, com certeza sabia agora, vendo que minha face se contorceu em medo. A respiração parou, e não pude evitar um suspiro de alívio; eu teria me chutado, mas não teve necessidade, ouvi a porta do quarto se abrir e fechar. Eu saí da cama, nada no quarto estava desarrumado e minha família ainda estava adormecida. Aquilo não poderia ter sido um sonho, eu não poderia ter imaginado isso. Me sentindo mais acordado que nunca, uma ideia horrível apareceu em minha cabeça, antes de eu poder tirar isso da minha cabeça, já estava abrindo a porta.

Olhando para a porta para memorizar o número do quarto, eu vi o gigante ‘X’ pintado com spray na porta. Tendo visto isso sem a maior experiência, eu provavelmente teria pensado que era apenas uma brincadeira de crianças estúpidas, eu sei melhor, mas não o suficiente para saber para quê isso. Meu coração falhou uma batida, lá estava ele, virando a esquina no fim do corredor, ‘Por que estou fazendo isso?’ Eu o segui para o estacionamento, ele não estava em lugar nenhum a vista; em um momento ele estava caminhando para fora da entrada, no outro havia sumido. Vendo o quão frio é do lado de fora com meu pijama fino como papel, voltei para a entrada. Não havia ninguém, estranho; eu podia chorar que normalmente tinha um porteiro noturno.

Adrenalina se esgotando, percebi como estúpidas e precipitadas minhas ações foram, ele poderia ter me matado. Me xinguei enquanto subia as escadas. Eu sabia que algo estava errado quando cheguei ao meu andar. A porta do meu quarto estava escancarada, ‘Eu não havia deixado assim, certo?’

Eu entrei e depois de uma rápida procura pelo quarto, determinei que estava seguro e minha família ainda estava dormindo. Eu tranquei a porta e voltei para a cama, apesar de não ter dormido pelo resto da noite. Eu ouvi meu pai levantar e, eventualmente, minha mãe seguiu, mas eu ainda fingi que estava dormindo. Algumas horas passaram e meus pais acordaram eu e minha irmã, entramos no carro, e voltamos para o aeroporto. Procurando na minha mala para pegar meu iPod, me levou a achar algo que não estava lá no dia anterior.

Uma nota que tinha simplesmente cinco palavras, eu ainda penso sobre esse dia, “Eu sabia que você estava acordado.” Não faz dois meses desde essa experiência no hotel. Eu ainda estou com medo pela minha vida, e isso piora todos os dias. Aquela nota que achei não foi a única; eu ainda as recebo.

A note that simply held the five words I still think about to this day, “I knew you were awake.” It’s
now been two months since the hotel experience, I’m still scared for my life and it gets worse
every day. That note I found wasn’t the only one; I still receive them.

~Chuck

sábado, 21 de dezembro de 2013

A morte liga a cobrar

Era uma uma noite escura e chuvosa naquela cidade, e na casa número 103 só estava um adolescente, ja que os pais haviam saído.O garoto estava sentado no sofá bebendo refrigerante, comendo pipocas e assistindo a um filme de terror quando o telefone tocou.
Ele resolveu atender, mas quando atendeu não havia ninguém na linha, então ele achou que era trote e continuou assistindo o filme. Então o telefone tocou novamente, ele atendeu e novamente não havia ninguém na linha, ja irritado, ele desligou.
Meia hora depois, o telefone tocou outra vez, desta vez a ligação era a cobrar e o garoto atendeu, pois achou que poderia ser importante, ele perguntou quem era, e uma voz seca respondeu:”é a morte”! o garoto pensou:”não acredito, outro trote”! e desligou o telefone.
Mas, quando ele se sentou no sofá de repente a pipoca caiu no chão, a garrafa de refrigerante quebrou, a tv desligou e as luzes piscaram até se apagarem totalmente, a esta alura, o jovem ja estava assustado, então ele olhou para fora da janela e viu um sujeito usando uma tunica ensanguentada com capuz e segurando com suas mãos de esqueleto uma foice suja de sangue se aproximar da casa,e ele resouveu colocar o sofá em frente a porta, para que o sujeito não conseguisse entrar, mas o sujeito(que era a morte) quebrou uma janela e entrou, e o jovem só teve tempo de gritar enquanto era degolado pela morte.
Uma hora depois, os pais do jovem chegaram em casa e ficaram apavorados ao ver o corpo sem cabeça do filho pendurado na escada, e se mudaram no dia seguinte.

~Chuck

O Fim da mistério SA (Scooby-Doo)


      Olá, eu tinha 17 anos quando fiz um estagio na Cartoon Network, adorava aquele canal, principalmente os desenhos do Scooby Doo, avia lançado uma nova mini serie do SD, se chamava “Mistério S/A” mas avia já acabado, com poucos episódios, passei pela parte dos episódios do Scooby-Doo Mistério S/A, e então encontrei um CD escrito O Fim da Mistério S/A, bom, primeiro conclui que esse “fim” era tipo, que ele se separaram, que nem no primeiro filme, mas não, bom, vou contar como foi:  
    Faltava pouco tempo para anoitecer, Fred, Daphne, Velma, Salsicha e Scooby estavam indo resolver um mistério que tinham começado já faz uma semana, era sobre um Roubo do banco, mas as fitas da câmera de vigilância pareciam estar adulteradas, pois o Dinheiro desapareceu do nada enquanto estava no cofre.
  Salsicha e Scooby estavam andando pelo banco, e acharam uma gosma Azulada no chão com uma moeda de 10 centavos grudada nela, Salsicha e Scooby se assustaram e fugiram, Fred e Daphne estavam andando calmamente quando ouviram um barulho esquisito de porta rangendo, e um cara alto, cabelo preto para trás, cavanhaque e costeletas vinha andando, não fazia muita expressão de sorriso, parecia com raiva, logo olhou para Fred e disse:
  -Vocês estão procurando pistas deste “tal” monstro não é?
  -é sim! Como sabe? - Responde Fred.
  -Bom, meu nome é Brad, eu sou um Antigo integrante da Mistério Sociedade Anônima. – Responde Brad.
  -Nossa! Somos grandes fãs da Mistério S/A antiga, não sabíamos que ainda estavam juntos! – Fred Responde.
  -é, eu era como você Fred, o líder do grupo, mas não estamos mais juntos, na verdade, o resto do meu grupo... Morreu. – Responde Suspirando Brad.
  Fred ficou chocado, parou de falar e continuou procurando pistas com Daphne e Brad, Fred não gostava muito do fato de Brad andar com uma Arma no Bolso e uma Faca na mão.
  Velma estava dentro do Cofre e achou a Mesma gosma que Salsicha e Scooby haviam achado, Salsicha e Scooby entraram no cofre, Velma pegou uma amostra da gosma e foi embora com eles, eles voltaram para o resto do grupo.
  -Quem é Ele? – Falou Velma apontando para Brad.
  -Atenção turma, este é Brad Chiles, ele era da Mistério S/A antiga. – Fala Fred de Voz Alta.
  Do nada, um monstro melequento com uma gosma azul em todo o corpo saiu das escuridões e veio atacar, Brad tira a Arma do bolso e aponta para o Monstro e Fala:
  -Parado ai! Arranque esta porcaria de mascara da cara e se Revele!
  -Calma ai cara, calma ai! – Fred Fala um pouco assustado – Abaixa essa arma.
  -Nunca! – Brad fala Disparando.
  Fred Rapidamente abaixa a Mão de Brad fazendo com que a arma atirasse no Chão, e em um Piscar de Olhos o Monstro some, Brad se vira com raiva e grita:
  -Qual é a sua cara! – Empurrando o Fred para o resto de seu grupo – Que Droga! Eu ia conseguir matar o monstro mas você me interrompeu seu imbecil!
  -Calma Brad, nossas pistas descobriram que não é um monstro e sim uma pessoa – Responde Fred.
  -Estou pouco me fodendo! – Grita Brad Revoltado – Queria é ver ele Morto!
  -Cara, acho que você está um pouco, Sei lá, pirado? – Fred Fala – Cara, não se pode chegar ai e matar qualquer um! Isso é maluquice! Acho que com a morte de seu grupo você está mais...
  -Cale sua Boca! – Brad o Interrompe apontando a arma – Eu nunca disse para você tocar nesta merda de assunto de novo! 
  -Espera Brad! calma! – Fala Velma.
  -Brad, nada vai acontecer, agora, abaixa essa arma! – Fala Daphne espantada.
  -Você Fred, estragou tudo! – Grita Brad - A mistério S/A antiga nunca seria como Você e seu grupo, seu grupo é medíocre e ridículo! Nunca nos colocaríamos em tal perigo! Estaríamos com armas! Não escolheríamos uma garota como Daphne que é apenas um Rostinho Bonito! Não escolheríamos nada como Salsicha e Scooby que são apenas dois Retardados! Apenas você que é bom em Armadilhas e Velma que é uma Detetive! Mas e o resto, que merda fazem no grupo, Nada! Você estragou tudo! 
  Brad Joga a Faca em Daphne, mas ela se abaixa e a faca encrava bem no Peito de Scooby Doo.
  -NÃO! – Grita Salsicha Chorando.
  Fred da um soco na cara de Brad, e ele despenca no chão soltando sua arma, Fred pega a arma e a entrega para Daphne, mas salsicha pega a Arma da mão de Daphne gritando: 
  -Eu mato ele, eu vou matar ele, ele precisa Morrer! – Atirando Três vezes no peito de Brad.
  -Salsicha Não faz isso! – Fred grita tarde demais – Salsicha, não somos Assassinos! 
  -Mas ele matou o Scooby, ele mereceu ter morrido, Ele merece queimar no Inferno! – Grita Salsicha Revoltado.
  -Calma Salsicha, tudo vai melhorar, tudo vai ficar bem. – Diz Velma consolando salsicha.
  Eles Enterram Scooby no “Cemitério de Vila Legal”. Salsicha presta muito Luto, e vai embora com o resto do Grupo.
  O Grupo todo ainda estava em choque pelo ocorrido, no dia seguinte eles continuaram a busca pelo monstro, sem o Scooby Doo e sem o Salsicha que cometeu suicídio na noite passada. A caminho do banco, um carro sem motorista vem na maior velocidade possível e se choca com a Maquina de Mistério, causando a morte de Daphne que estava sem cinto de segurança e se bate contra a janela que faz entrar vidro em toda sua cara.
   -Daphne! Não, não! – Grita Fred Desesperado.
   -Gente, ai meu deus! – Diz Velma.
   Fred Sai do carro e abri a porta do carro que se chocou com o dele, e não havia ninguém lá.
  Depois do Enterro de Daphne, Fred pensou em atirar na própria cabeça, mas em seu quarto lentamente uma voz grossa e roca, mas parecida com a de Brad falou:
  -Bom Fred, Bom, agora está só você e Velma...
  -Seu Filho da Puta!
  -Hahahaha... Logo será sua vez, ah e Fred, acho melhor ir à casa de Velma, pode ter acontecido um “acidente”
  -Não!
  -Sim... Sim! Hahaha!
Fred sai de seu quarto e dirige a maquina de mistério o mais rápido que pode até chegar na casa da Velma e ver ela toda queimada no chão depois de acabar de explodir o Fogão.
  Fred então fala desesperado:
-Não, isso não está acontecendo, Não Está!
-hahahaha, está sim Fred, está sim, acho que é sua vez, lembrando que, tudo isso, é culpa sua, apenas sua...
O episodio acaba com o grito de Fred.
 não, não acreditei no que vi sabe, eu adorava aquela serie, então, por isso ela acabou, oh meu deus.

~Jackie

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Jeff: Banho de Sangue

Thaisa voltava normalmente da universidade, como fazia todas as noites. Mas naquela sexta-feira algo estava diferente. A moça não sabia se era o frio ou a densa névoa que tomava conta da cidade. Mesmo achando que algo estava estranho, a garota não se importou, pois estava mergulhada em outros pensamentos.
Caminhava ouvindo música no seu celular com um volume bem alto. No player tocava “Dust in the Wind” da banda Kansas. Thaisa pensava em todos os problemas que lhe cercavam.

Na faculdade seu tempo para a entrega de um trabalho final estava quase terminando. Ela não tinha muita culpa, afinal sua pesquisa mesmo lhe exigindo muito esforço, estava saindo melhor do que o esperado. A universitária resolvera fazer uma análise de algumas CreepyPastas, gênero textual moderno, que tinha uma forte força dentro da internet. Era um trabalho original e complexo. De qualquer modo era preciso se apressar, faltava muito para completar sua tese.
Já na sua vida pessoal, havia brigado com o namorado, fazia uma semana que eles não se falavam. Desde que começaram a namorar nunca haviam ficado tanto tempo desentendidos. Ruan as vezes não era um cara muito legal, na última briga do casal o rapaz acabara falando algumas bobagens. Não eram coisas sérias, mas a agressividade dele assustava um pouco Thaisa.
O som seguia rolando: “Dust in the wind, all they are is dust in the wind”, quando de repente a música parou e o único barulho que Thaisa passou a escutar era o do vento. Vento que parecia arranhar a noite. O som lembrava um mórbido assobio.
Tirou o celular do bolso e descobriu qual era o problema, a bateria havia acabado. Foi só nesse momento que a garota percebeu o quão vazia e escura estava a rua.
Olhou para trás e distante viu alguns estudantes. Isso a deixou mais tranquila e assim conseguiu continuar seu caminho.
Andou alguns metros e dobrou uma esquina. Faltava pouco para chegar em casa, apenas mais umas quatro quadras. Caminhou pelo canto da calçada, com os braços em volta do corpo para se proteger do frio.
Um barulho sobrepôs o som do vento noturno, barulho de latas de lixo sendo derrubadas. Thaisa quase deu um pulo, pois o som foi alto e repentino.
Com o coração disparado, a mulher olhou para trás.
Se tranquilizou ao descobrir que era apenas um vira-lata, que provavelmente estava procurando algo para comer.
Voltou a olhar para frente e acabou tomando outro susto, esse tão intenso quanto o anterior.
Na esquina logo a sua frente, a garota viu um homem muito estranho. Parecia uma estátua, pois estava totalmente imóvel. Devido a fraca luz da região o sujeito lembrava uma sombra. A moço conseguiu apenas distinguir a roupa do estranho. Ele usava o que parecia ser um casaco branco e na cabeça um capuz.
Thaisa passou a caminhar mais lentamente, teve a impressão de que o estranho estava lhe encarando.
Continuou seguindo e quanto mais se aproximava do homem, mais seus pensamentos ficavam macabros e sujos.
Havia tantas coisas ruins que poderiam lhe acontecer! E se o homem fosse um ladrão? Um estuprador? Em uma rua escura e vazia, qualquer garota ficaria assim ao ver um indivíduo parado na esquina como se lhe esperasse.

Os pensamentos se perderam quando enfim chegou o momento de passar pelo homem. Thaisa fez um pequeno desvio para o lado da rua e passou a poucos centímetros do desconhecido. Ele não se movimentou e a garota agradeceu à Deus por isso.
Depois de ter dado pelo menos uns vinte passos, ela teve aquela famosa sensação que muito já descreveram. A sensação de estar sendo seguida. Não quis olhar para trás, ficou com medo de que dessa vez não fosse um cachorro e sim aquele estranho cara que estava parado na esquina, lhe seguindo.
Resolveu tomar outra atitude. Passou a andar mais rápido e em cinco minutos avistou sua casa.
Sã e salva entrou em sua residência, deixou a mala em um lugar qualquer, checou as mensagens da secretaria eletrônica e foi até a cozinha.
Enquanto pegava a jarra de suco na geladeira, ouviu um longo uivo. O som lhe causou um calafrio. A lua cheia, o homem estranho, agora aquele som. Tudo era tão sinistro, parecia até um filme de terror.
Bebeu o suco e olhou a sua volta. Ficou feliz por estar dentro de sua casa.
Respirou fundo e resolveu que deveria tomar uma ducha antes de ir para a cama. E assim foi, tomou seu banho, que durou um bom tempo, pois a jovem estava exausta e no chuveiro acabou relaxando.
Quando saiu do banho, foi direto para o quarto. Nem acendeu as luzes. Caminhou as escuras para cama, precisava muito de uma boa noite de sono.
Mas antes de tentar adormecer, Thaisa teve uma surpresa. Já estava deitada, quando viu algo que paralisou totalmente seu corpo.
Em um dos cantos de seu quarto, logo ao lado do guarda-roupas, havia algo. Era um vulto, um homem.
A grande sombra estava parado na mesma posição que ela vira na rua, e novamente, mesmo não conseguindo ver seus olhos, a mulher entendeu, que estava sendo encarada.
Thaisa não conseguiu se mexer, nem gritar. O medo dominava seu corpo e então o pior aconteceu.
O homem se moveu e começou a caminhar em direção à garota. Chegou até os pés da cama e se inclinou para cima da mesma. Continuou a subir, indo em direção à vulnerável moça.
De quatro o intruso avançava, como um cachorro.
Lagrimas escorriam dos olhos da garota. Apenas gemidos baixos eram proferidos de sua boca, ela tentava implorar por sua vida, mas as palavras não se formavam, parecia que lhe faltava essa capacidade.
Thaisa era um presa e o desconhecido um caçador, que parecia estar morrendo de fome.
Mesmo estando frente a frente, o rosto do homem ainda continuava escuro, não era possível ver nada. A moça apenas sentia a respiração do maníaco em sua cara, uma respiração pesada, ofegante.
O visitante noturno então chegou mais perto, quase lhe beijando e Thaisa nesse momento reconheceu o rosto do maldito. Para ela aquilo não fazia sentido, não tinha como ser real.
Aqueles olhos negros, o largo sorriso, a pele branca como a neve. Era ele, o mais macabro e assustador. Sim, ele, aquele que a tanto tempo a garota estava acostumada estudar e pesquisar.
O monstro riu e baixo sussurrou:
- Shhhhhhhhhhhh, vá dormir…
A facada no pescoço veio logo na sequência. Foi um verdadeiro banho de sangue.


No dia seguinte, quando o namorado entrou na casa de Thaisa, com o objetivo de fazer as pazes, encontrou sua amada mutilada na própria cama. Os lençóis brancos haviam se transformado em vermelhos. O cheiro de morte impregnava o quarto.
Ruan demorou para chamar a polícia, não acreditava no que seus olhos viam. No desespero pegou Thaisa em seus braços e observou os grande ferimentos em seu corpo. Algo fora do normal havia atacado sua garota, algum tipo de animal, de monstro, muito forte.
No chão ele viu um bilhete. Pegou, e leu a seguinte mensagem que parecia ter sido escrita com sangue:
- Não se envolva, você pode ser o próximo!

O homem guardou a advertência no bolso. Decidiu que antes de falar com a polícia iria procurar uma forma de se vingar do maldito que acabara com a vida da mulher que seria sua futura esposa.

O tempo passou e as autoridades chegaram. Examinaram tudo e não deram muitas declarações. Coletaram o depoimento de Ruan e chegaram à conclusão de que não sabiam exatamente o que havia acontecido.
O caso acabou sendo arquivado com a explicação de que um possível maníaco poderia estar escondido na cidade. Foram feitas buscas, mas de nada adiantou.
Mal sabiam os policiais, que a moça havia sido vítima de uma das maiores aberrações dos últimos tempos, um homem-demônio, que era real e ao mesmo tempo uma lenda. Um monstro conhecido em toda a internet como Jeff, o Assassino.

Dois dias depois, enquanto pegava algumas de suas coisas na casa da falecida namorada, Ruan encontrou um pequeno manuscrito na mesa do computador, o título lhe chamou a atenção:
“Creepypastas! Uma nova maneira de se fazer terror!”
Inconscientemente pegou o documento e colocou debaixo do braço. Não tinha ideia de o quão poderoso era aquilo em que ele estava prestes a se envolver.


~Jackie

A cama de cima



Era uma sexta-feira, três e dezesseis da madrugada. Eu e me minha amiga dividimos o mesmo quarto. Eu posso dizer que sou um homem traumatizado depois que aquilo aconteceu.
Eu deitado na cama de baixo e minha amiga na de cima, eu não conseguia dormir,tinha algo que não me deixava. Foi aí que ouvi barulhos na cama de cima e vi minha amiga descendo, quando ela botou seus pés no chão, eu lhe disse: Aonde vai menina, como você consegue enxergar com essas luzes apagadas?
Ela não respondeu e continuou andando até a porta, ela abriu e foi andando no corredor. Eu então acendi as luzes e fui atrás dela. Gritei seu nome Samantha várias vezes e ninguém acordava , e nem ela me escutava, e continuava andando.
Até que ela se virou e abriu a porta principal e foi para o pátio escuro, sentou na grama e ficou me olhando… Ela não respirava, não se mexia e ficava ali…
Eu assustado, não conseguia mover nem um músculo do meu corpo, então abaixei para ver sua pulsação… Nenhum sinal de vida… Tive que filmar isso com meu celular depois de tomar fôlego e coragem, comecei a filmar ela ali, parada, até que ela disse: "amla aus ieravel aid mu." Não entendi, mas eu sai correndo de volta para meu quarto, como uma pessoa morta poderia falar assim, derrepente? Salvei o vídeo , tranquei minha porta e vi o video na minha cama, em baixo dos lençóis,vi varias vezes até que decidi tentar bota-lo ao contrario, e a voz dela dizia: Um dia levarei sua alma.
Assustado eu olhei para cama de cima devido à um barulho e minha amiga estava lá dormindo. Não quis acordá-la para não assusta-la. Mas fiquei me perguntando, “Quem era a pessoa que desceu da cama?”
Então reparei que minha cama estava cômoda, molhada, até que percebi que estava manchado de sangue, me levantei e li o que estava escrito escrito :


"Amanhã, você vai dormir na cama de cima."